domingo, 6 de maio de 2012

A montanha

A vida... algo que passa num abrir e fechar de olhos...
Quando damos por nós estamos a rever aquilo que fizemos no passado, desde as nossas acções a certas atitudes.
Damos por nós a ver aquilo que deveríamos ter feito, outras decisões ou até ter tentado construir outros objectivos ou continuar com os mesmos mas concretiza-los de modo diferente.
Podemos ver a nossa jornada como uma caminhada sobre uma gigante montanha: cada pedra que encontramos é um obstáculo, cada bifurcação uma decisão entre dois caminhos a seguir.
Ás vezes, seguimos o caminho que nos parece o melhor, mas a verdade é que a grande maioria das vezes o caminho que tem menos pedras é aquele que não se deve tomar.

Mas nem tudo é tão simples... quantas vezes já não caímos? e quantas cambalhotas para trás já não se deram nessa subida íngreme?
E quando estamos quase a alcançar o cume da montanha e falha-nos um pé e caímos...e caímos e caímos... e damos por nós de volta ao inicio... o que fazer? tentar voltar a subir?
CLARO!
Se a vida fosse fácil então ninguém acharia piada em vive-la! Ninguém teria objectivos nem a satisfação de os concretizar!
E quando conseguimos subir a montanha e alcançar o objectivo?
Outra montanha se ergue ainda maior com mais um objectivo! ou não fosse o Homem um ser que deseja sempre mais para si mesmo!

Os nossos objectivos são provas ao qual nos submetemos, tal como essa montanha que queremos subir, conhecendo bem os riscos das quedas sem para-quedas!
Sem medo devemos erguer a cabeça depois de uma queda e tentar outra vez subir!
E se vemos que a subida é muito íngreme, existem sempre outros caminhos a tomar.

O Homem é tudo menos fraco, e todos nós conseguimos subir as nossas montanhas, o importante é não atropelar ninguém nessa subida, manter a humildade e a postura.
Toda e qualquer pessoa tem em si a capacidade para grandes feitos, é preciso saber descobri-los e potência-los, não só para o seu próprio bem, como também para o bem dos outros, pois não somos seres individuais, ou egocêntricos (ou pelo menos não deveríamos ser).
Somos seres que vivem em sociedade e em constante comunicação e evolução.

Renato Ferreira

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

É triste...

As vezes a vida torna-se tão complicada que a única coisa que se apetece fazer é fugir.
Fugir desta sociedade, fugir deste pais...ser livre, ter liberdade de ser aquilo que queremos ser e não o que os outros querem que sejamos.
Ter a liberdade de dar asas à nossa imaginação e ter a possibilidade de ver as nossas ideias concretizadas... sim isso era uma excelente liberdade mas não aquela que se possa alcançar neste pais, em que são sempre os mesmos a ganhar, em que apenas se olha para o seu umbigo, em que se tem medo de investir nas capacidades dos mais novos, talvez por pensarem que tem o seu lugar em risco... mas preferem ver as coisas cair, mas estar como eles gostam do que tentar levantar deixando a inovação dos novos, com outras ideias, mais actuais ao mundo que se vive hoje.
É triste o modo como anda este Portugal, é triste ver como anda o sector cinematográfico... é triste ver a decepção com que as pessoas vivem, é triste não saber que perspectivas teremos para o nosso futuro... é triste viver em Portugal...
As pessoas que são bons trabalhadores não são reconhecidos pelos seus méritos, em Portugal, não se progride numa escala hierárquica e não se sai do mesmo buraco.
Quem como no meu caso aposta na formação não tem garantias de futuro... é triste...
Não é de admirar a quantidade de pessoas que saem do pais em busca de uma vida melhor... como eu os percebo... vontade a minha de também puder sair caso a vida no meu pais não me possa dar a minha satisfação profissional.
Procuramos sempre o que é melhor para nós... nem que para isso tenhamos que abdicar do nosso pais... das nossas famílias e amigos, e partir para um novo "mundo" onde talvez ai se possa ser mais feliz.
Não quero com isto dizer que tudo está mal em Portugal, mas para lá caminha visto que a maior parte das pessoas que estão nos grades postos de liderança não sabem fazer aquilo que lhes compete.

Renato Ferreira

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A janela aberta

No outro dia, comecei a pensar no que é o ser humano no seu interior, e apercebi-me de que todos nós contemos uma pequena janela, mas que se encontra não só escondida (por nós mesmo) como fechada, e cabe às outras pessoas de nos fazer com que indiquemos o caminha para essa janela, mas sobretudo de fazer com que essa janela se abra e eles possam dar uma pequena espreitadela do que se encontra lá dentro.
Passo a explicar, todos nós somos uma caixinha fechada com apenas uma janela,  janela essa que apenas abre quando queremos, mas essa janela está escondida, e apenas nós sabemos o lugar dela.
Quando alguém consegue conquistar aquilo que somos, inconscientemente mostramos o caminho para a nossa janela, e torna-se apenas uma questão de tempo, até a abrirmos e deixar que essa pessoa possa ver o que há dentro da nossa caixinha, e assim puder conhecer o verdadeiro "eu" que há em nós.
Um texto confuso mas que mostra o que são as ideias estranhas que tenho na cabeça, e que só penso em... nada.
Renato Ferreira